sábado, 9 de abril de 2011

Tragédia em Realengo


Acho que todos já sabem sobre esse triste episódio. Wellington Menezes de Oliveira, ex-aluno que teria se passado por um palestrante, invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, na Rua General Bernadino de Matos, em Realengo, e matou diversas crianças. Um crime que chocou o Brasil. Confesso que não gosto de publicar notícias ruins aqui no blog. Publico entretenimento. Mas tem vezes que fica impossível não fazer um comentário ou um desabafo.


Nada que eu diga aqui vai poder acalmar o coração das famílias dessas crianças. Só posso torcer para que tenham muita força em um momento como este. Quero parabenizar o sargento Márcio Alves, que conseguiu evitar uma tragédia ainda maior. Parabenizo também o professor (não me recordo o nome) que conseguiu manter seus alunos trancados dentro de sala e fez com que todos ficassem protegidos até que o tiroteio terminasse.


Não há quem punir, mas há o que fazer. É preciso entender uma mente como essa, porque existem outras. Aberrações como o Wellington normalmente não são pessoas violentas no dia-a-dia, como já foi confirmado. É preciso muito estudo. E isso fica para os entendedores do assunto. Acho até difícil alguém conseguir decifrar isso. Não há como se prevenir. Não há como diagnosticar uma pessoa aparentemente comum como louca. Eu nunca conseguiria entender uma mente como essa. Como entender algo que não se entende? Algo que não aceitamos? Eu não conseguiria. Nem engolindo cem livros por dia.


Fica aqui o meu alerta para que as pessoas vejam que existe gente delinquente, sim. Existe gente ruim e gente com problemas mentais. Tem assassino que mata porque sente prazer. Nesse caso é diferente. O homem se achava superior a nós, "impuros" ao julgamento dele. São raciocínios religiosos totalmente absurdos e delinquentes. Um cara que mata crianças e se sente "puro" ao cometer uma barbaridade dessas não pode ser normal. Quem mata dezenas de crianças e ainda deixa por escrito que quer ser embalado com mantas brancas está em seu juízo perfeito? Não foi uma explosão de loucura na qual você pode se arrepender depois. Foi tudo de caso pensado. Ele queria matar aquelas crianças. Ele matou e se matou, como pretendia.


Ainda assim, acredito nas pessoas boas. Um bom sargento. Um bom professor. Um bom cidadão. Tivemos exemplos claros, até nesse episódio tão triste de que podemos acreditar que há esperanças. Nem tudo está perdido. Nem as pessoas e nem a nossa cidade maravilhosa. Ainda acho que a maioria da população é de pessoas do bem. Eu ficaria louco se pensasse o contrário disso. Prefiro acreditar que a humanidade ainda tem jeito e que este é um caso isolado. Não vejo o Rio como retrato da violência, apesar de tudo que já vimos até hoje. É triste. E não é mais um caso de violência comum. Não é a vida. Não é o Rio de Janeiro. É um psicopata, um delinquente.

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