domingo, 15 de abril de 2012

12 Horas

Jill (Amanda Seyfried) volta pra casa depois do seu trabalho noturno e encontra a cama de sua irmã vazia. A moça fica convencida de que o serial killer que a raptou dois anos antes voltou pra terminar o serviço. Mas a polícia não acredita nela e o tempo está se esgotando. Sem ninguém a quem recorrer, Jill sai em busca de sua irmã e quer se vingar do assassino.

A trama mistura realidade e fantasia. A personagem Jill foi internada como louca e os policiais não acreditam nas mortes que ela diz ter acontecido. Eles até brincam e chamam de abdução, como se ela nunca tivesse sido sequestrada. Durante a história não sabemos se a loirinha é realmente maluca ou se está falando a verdade. Não sabemos o que é real e o que não é. Só sabemos que sua irmã Molly desapareceu. Mas será que Molly realmente existe? Será que é tudo paranoia de uma mente doente? Claro que não vou contar.

O que eu posso contar é que o filme é bom. É um suspense intrigante e tenso. Ficamos o tempo todo de olho nos detalhes e tentando descobrir tudo antes da hora. E o final vale todo o decorrer do mistério. Não pela surpresa, mas pelo deboche. Uma heroína corajosa e debochada é muito mais interessante do que a descoberta de um assassino que pode nem existir. Assistam e vão entender o que quero dizer. Agora tudo pode não fazer o menor sentido, mas eu não sou louco. É só o meu jeito de não entregar todo o ouro e fazer com que a diversão perca a graça pra quem ainda não assistiu. O filme é bom e eu não tomo remédios controlados.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Aquele Beijo pra Miguel Falabella

Miguel Falabella divertiu o público em "Aquele Beijo". O final da novela, exibido hoje, foi excelente. Teve casamento, morte, batida de carro e até noiva chegando ao altar escoltada pela polícia. Giovanna Antonelli está de parabéns por sua esfomeada personagem Cláudia. A atriz bateu um bolão interpretando essa moça cativante, esfomeada pela vida e pelas guloseimas. Não faltou nada nesse último capítulo, todos os personagens tiveram sua importância e seu momento de glória. Um respeito com os atores e com os expectadores que acompanharam a história. Miguel resgatou a simplicidade dos finais de folhetim.

Claro que não precisa ser um grande gênio pra saber que crianças nascendo, casamentos acontecendo e reconciliações em família sempre funcionam em despedidas de novelas. Mas Miguel Falabella soube mesclar com maestria o bem e o mal sem deixar a comédia se perder. Puniu quem não prestava, deu final feliz aos pombinhos, matou quem matava a gente de rir e deixou vivo quem não tinha caráter. Ele pintou e bordou em cena. E pode sorrir, Miguel. Mostre os dentes, porque deu certo. Aquele beijo pra você, que nos divertiu bastante nesses últimos meses e brincou de fazer novela.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Topo e Tapa

Adriana Esteves está batendo um bolão na pele de Carminha em "Avenida Brasil", nova novela das nove. Ainda não acredito que vai ser o mesmo sucesso de "Fina Estampa", mas Adriana sabe dar conta do recado. Como eu já li anteriormente, já é hora da atriz começar a andar com seguranças. É uma pena que um grande ícone como Tony Ramos tenha participado apenas do primeiro capítulo.

Murilo Benício, mais uma vez, não me convence como ator. Tufão parece o Léo (de "O Clone"). É chato de ver como os trejeitos do ator se repetem nos personagens. Infelizmente, Rita (Mel Maia) cresceu. A menina é um talento mirim e merecia mais tempo na telinha. Será que "Avenida Brasil" vai mesmo decolar? Vamos torcer pra que a história não fique presa somente na vingança da enteada contra a madrasta.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Jogos Vorazes

Jogos Vorazes é a primeira parte de uma trilogia de livros escritos por Suzanne Collins. O filme se passa em um futuro distante, onde boa parte da população é controlada por um regime totalitário de 12 distritos. É como se fossem 12 estados e cada casal sorteado de cada distrito é enviado para uma disputa mortal. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição. A grandiosidade do preparatório dos jogos mortais é muito bem feita. Cada casal é visto como herói, mas apenas um pode se tornar vencedor.

A trama resgata um pouco de Romeu e Julieta, trazendo o tão falado amor proibido. Aliás, isso realmente dá audiência. E mais proibido que esse é impossível. Só a morte, literalmente, os separa. Os jogos são uma espécie de Big Brother, onde o mata-mata é real. Crianças e jovens são adversários e a eliminação é feita da forma mais cruel de todas: morrendo. Todos os atributos que giram em torno de um reality show são mostrados e o marketing é o foco em questão. O que pode dar mais audiência, uma menina que foge para não morrer ou uma garota que mata para ajudar uma amiga ou o namorado imposto pela televisão? Toda a transmissão é noticiada e televisionada em tempo integral, gerando milhões. Percebemos isso desde o preparatório dos participantes.

Não li nada sobre a trilogia e estou escrevendo aqui como alguém que só viu o filme. Achei uma distração bacana, que foge do comum, mesmo não sendo surpreendente. É engraçado ver todos aqueles personagens vestidos de forma tão colorida e tudo parecer tão natural. O figurino foi uma sacada de gênio e deixou a história menos triste. Ponto pra quem teve essa ideia, já que a adaptação é voltada para o público jovem. Minha amiga Camila disse que não gostou do filme porque não tem contexto. Eu discordo. Quem não tem contexto é o Jason em sua inseparável sexta-feira 13. Ele mata simplesmente porque sente vontade. Em Jogos Vorazes, eles matam para não morrerem. Existe todo um controle que os obriga a participar dessa disputa, além da adrenalina constante de não querer ver um determinado participante morto. Os adolescentes representam um soldado que vai pra guerra representar o seu país. Só que como a intenção é atingir o público jovem, e não os marmanjos que gostam de filme de guerra, tudo foi elaborado para que ficasse bastante atraente aos olhos dos jovens. Eu gostei.