segunda-feira, 27 de maio de 2013

Desrespeito: Viação Pendotiba

Quero registrar uma reclamação contra a empresa "Viação Pendotiba". Voltando da casa do meu irmão, no ônibus 35, passei por uma situação de total absurdo da parte do motorista. Passando em frente o estádio Caio Martins, aqui em Niterói, percebia-se um caminhão de lixo enguiçado com os alertas acesos e alguns sacos no chão sinalizando o problema. Devido ao fato, todos os carros passavam pela calçada, já que era uma situação emergencial. O motorista do 35 resolveu desligar o ônibus e descer junto com o trocador para verificar o acontecido (deixando todos nós, passageiros, dentro do ônibus com as portas fechadas). É até bom ressaltar que o trocador fumava o seu cigarro bem tranquilamente na calçada.

Depois de uns cinco minutos, o trocador volta e explica o acontecido (caminhão enguiçado), como era o óbvio e todos já tinham visto. Algumas pessoas, inclusive eu, pedem pro motorista passar pela calçada, como os carros estavam fazendo e a resposta do motorista foi a seguinte: "era o que eu ia fazer, mas agora não vou fazer porra nenhuma". Um total desrespeito com uma das passageiras e xingando o tempo todo. Somente depois de ver outros ônibus da mesma empresa passando pela calçada (linha 40) que o motorista resolveu tomar alguma iniciativa de continuar o trajeto. Uma total falta de educação com os passageiros, sem contar no risco de assalto que todos corremos (inclusive eles dois) de ficarmos ali parados. Tirei foto da placa do ônibus. O horário que passávamos pelo estádio Caio Martins era por volta de 21h30. Fica o registro da minha reclamação por e-mail, diretamente com a empresa, por telefone, também com a Viação Pendotiba, e agora, aqui, pelo blog.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O Último Exorcismo - Parte 2


Se enganou quem achou que  "O Último Exorcismo" era o último filme de fato. Eis que surge a parte dois do que foi dito como último. A sequência segue os acontecimentos passados no primeiro filme, obviamente. Achei até interessante mostrar a retomada da vida da personagem diante da sociedade, só que aquela coisa assustadora se perdeu (pelo menos pra mim). A trama não traz nenhuma novidade, não apresenta nenhum diferencial. Já vimos cabeças girando 360 graus e corpos possuídos pelo demônio no filme anterior.

Muitas coisas não são explicadas nessa segunda parte e muito menos na primeira edição. Quem eram aquelas pessoas reunidas ao lado da fogueira? O que aconteceu com o bebê? Teremos que esperar uma terceira sequência? Um pouco cansativo, não? Abalam, o demônio maligno, não põe mais medo em ninguém. Já sabemos todo o trajeto que ele vai seguir e tudo que ele pode fazer para mostrar a sua intensa (e possessiva) paixão pela Nell. A atriz Ashley Bell tem potencial pra muito mais, mas preferiram apostar nos efeitos sonoros, com sustos gratuitos, e esqueceram de desenvolver melhor a história da garota. Resultado: um demônio chato e repetitivo.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Amor

Amor é um filme francês que conta a história de uma senhora que vai perdendo os movimentos do lado direito do corpo. É o cotidiano (e o amor) de um casal de velhinhos, onde um faz tudo pelo outro. No elenco dois grandes nomes: Emmanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant, com interpretações fabulosas. Achei impressionante o detalhe de cada cena e a construção do roteiro, fazendo, desde o início, com que o espectador reveja alguns conceitos e mude a forma de olhar (ou de julgar) as pessoas. Muito boa a cena em que todo o foco é voltado para a plateia, sem mostrar o espetáculo, frisando que não vamos assistir o que já estamos acostumados. O foco é outro. A trama faz a gente desconstruir a nossa maneira de pensar e reformular sobre opiniões já tão concretas em nossas mentes.

Achei impressionante a entrega da atriz Emmanuelle Riva. Ela se desprendeu de qualquer pudor e viveu intensamente aquela personagem. Eu ficaria feliz se a estatueta do Oscar de melhor atriz tivesse parado nas mãos dela. O filme mistura desespero e tristeza sem que isso se torne exagerado. Tudo é intenso e emocionante de forma singela. E a gente se dá conta de que qualquer um de nós poderia estar naquela situação. É uma tristeza de mão dupla: de quem cuida e de quem é cuidado. Dá uma sensação estranha de impotência, já que qualquer um de nós pode chegar naquele estado em algum momento da vida.

É fascinante de ver como o filme é bem feito. Toda a trama se passa, quase que inteiramente, dentro do apartamento, e em momento algum a história fica cansativa. Temos que aplaudir, de pé, o cinema de Michael Haneke, que consegue, em um espaço pequeno e com poucos personagens, transformar um roteiro aparentemente monótono em um filme fantástico. Sabe-se que o final não é feliz desde o primeiro minuto, mas nota-se logo de cara que o importante não é o fim.

Minha avó materna passou por uma trajetória parecida, apesar de ter sido uma doença diferente. E, pra mim, foi emocionante reviver aquilo tudo de novo. Quem já passou por algo parecido na família, sabe o quanto é marcante ver uma pessoa querida indo embora aos poucos. E o filme fez eu lembrar de muita coisa da minha história. Posso afirmar o quanto esse filme é positivo e importante para as pessoas. Michael Haneke soube chegar no retrato de qualquer família e conseguiu deixar a gente de frente com uma realidade que parecemos esquecer. Ninguém está imune de envelhecer. E a trama retrata o amor na terceira idade da forma mais incrível e mais verdadeira que existe. Um dos melhores, e mais especiais, filmes que já vi (e vivi).