quinta-feira, 27 de março de 2008

"Antes de Partir"


SINOPSE: "Carter Chambers (Morgan Freeman) é um homem casado, que há 46 anos trabalha como mecânico. Submetido a um tratamento experimental para combater o câncer, ele se sente mal no trabalho e com isso é internado em um hospital. Logo passa a ter como companheiro de quarto Edward Cole (Jack Nicholson), um rico empresário que é dono do próprio hospital. Edward deseja ter um quarto só para si mas, como sempre pregou que em seus hospitais todo quarto precisa ter dois leitos para que seja viável financeiramente, não pode ter seu desejo atendido pois isto afetaria a imagem de seus negócios. Edward também está com câncer e, após ser operado, descobre que tem poucos meses de vida. O mesmo acontece com Carter, que decide escrever a "lista da bota", algo que seu professor de filosofia na faculdade passou como trabalho muitas décadas atrás. A lista consiste em desejos que Carter deseja realizar antes de morrer. Ao tomar conhecimento dela Edward propõe que eles a realizem, o que faz com que ambos viagem pelo mundo para aproveitar seus últimos meses de vida."

CURIOSIDADES: Justin Zackham concluiu o roteiro de Antes de Partir em apenas 2 semanas. Na época ele já tinha Morgan Freeman em mente para interpretar Carter Chambers. Tanto Rob Reiner quanto Morgan Freeman, separadamente, sugeriram que Jack Nicholson fosse contratado para interpretar Edward Cole. Este é o 2º filme em que o diretor Rob Reiner e o ator Jack Nicholson trabalham juntos. O anterior foi Questão de Honra (1992). Jack Nicholson e Morgan Freeman rasparam a cabeça para atuar em Antes de Partir. Jack Nicholson utilizou sua própria experiência no hospital em alguns diálogos e situações do filme. O óculos usado em cena, por exemplo, foi uma sugestão do ator aceita pelo diretor Rob Reiner. Alfonso Freeman, filho de Morgan Freeman, interpreta seu filho no filme. O orçamento de Antes de Partir foi de US$ 45 milhões.

MINHA OPINIÃO: Duas pessoas totalmente diferentes, com características opostas e um objetivo em comum de encontrar a alegria de viver. A trama mistura a carga do drama com pitadas de humor e um brilhante desenrolar de história. Mostra que sempre devemos fazer o que temos vontade, claro que com responsabilidade. Buscar a felicidade. Viver. Esse é o lema desses dois homens. É bonito ver brotar a amizade deles, fazendo valer o ditado de que nunca é tarde para nada. Vale relembrar o Cazuza, quando disse que o tempo não pára. Temos que aproveitar cada dia como se fosse o último, porque nem todos nós temos o "privilégio" de saber quanto tempo de vida nos resta. Trilha sonora? Basicamente não tem. Acredito que não fez a mínima falta. Um roteiro simples e tocante, somando com a maestria de Morgan Freeman e Jack Nicholson. Um filme espetacular, comovente. O cotidiano comum. A doença. A morte. A felicidade. A vida. Não necessariamente nessa ordem (sem piada). Um drama de ótima qualidade como poucos que já vi até hoje.

Assista o Trailer:

Shirle de Moraes


Shirle de Moraes, cantora gaúcha, conquistou espaço no cenário musical no ano de 2005, quando lançou seu primeiro CD "Nada Será como Antes".Gravou também uma canção para o programa "Por Toda Minha Vida - Elis Regina" e fez uma emocionante homenagem ao cantor/compositor Milton Nascimento, no programa Som Brasil. Uma amante do rock que tem como ídolo Elis Regina. Essa é Shirle de Moraes, uma gaúcha de 29 anos que mora em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, mas nasceu na cidade de Três de Maio. Shirle cursa a faculdade de artes visuais na Universidade Federal de Santa Maria, no RS. No entanto, sua praia é mesmo a música: “Cantar é o que faço melhor”, conta a moça, que já tem alguma experiência nos palcos. A estudante já se apresentou em clubes, bares e festivais em cidades do Rio Grande do Sul. Shirle de Moraes, prepara-se para a divulgação de três grandes projetos:* Lançamento do seu segundo CD e primeiro DVD* Participação no Cd em homenagem ao Clube da Esquina - Shirle interpretará a canção "San Vicente"* Lançamento em DVD, do programa Som Brasil - Milton Nascimento.

Ouça: "Nada Será Como Antes"

quinta-feira, 20 de março de 2008

"Onde os Fracos Não Têm Vez"


SINOPSE: "Texas, década de 80. Um traficante de drogas é encontrado no deserto por um caçador, Llewelyn Moss (Josh Brolin), que pega uma valise cheia de dinheiro mesmo sabendo que em breve alguém irá procurá-lo devido a isso. Logo Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino psicótico sem senso de humor e piedade, é enviado em seu encalço. Porém para alcançar Moss ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones)."

CURIOSIDADES: Ganhou 4 Oscars, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Javier Bardem) e Melhor Roteiro Adaptado. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Som e Melhor Edição de Som. Ganhou 2 Globos de Ouro, nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Javier Bardem) e Melhor Roteiro. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Diretor. Ganhou 3 prêmios no BAFTA, nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Javier Bardem) e Melhor Fotografia. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Tommy Lee Jones), Melhor Atriz Coadjuvante (Kelly Macdonald), Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som. O título original é baseado no poema "Sailing to Byzantium", de W.B. Yeats. Heath Ledger chegou a negociar sua participação no filme, mas decidiu abrir mão dele para poder descansar um pouco. Segundo Tommy Lee Jones os irmãos Coen queriam rodar o filme inteiramente no Novo México, devido aos impostos do estado, mas ele os convenceu a realizarem as filmagens no Texas. Os irmãos Ethan e Joel Coen assinam a edição sob o pseudônimo Roderick Jaynes.

MINHA OPINIÃO: Toda a trama tem um ar de Velho Oeste, como se quisesse relembrar ou reviver a nostalgia desse gênero. O filme mistura muito bem ação com suspense, é tudo colocado na dose certa. Mas tem um roteiro monótono, uma história cansativa e sem grandes surpresas. Não gostei do personagem do Tommy Lee Jones. Ele acaba passando a imagem de um xerife que não tem o que fazer, se lamentando o tempo inteiro. Não participa. Não evolui. Simplesmente comenta. Tem boas falas, mas acho que num longa estilo bang-bang um xerife deveria ter mais "movimentação". Não concordo com o prêmio de melhor filme do ano. Javier Bardem realmente mereceu a premiação de melhor ator coadjuvante, o ator conseguiu brilhantemente passar a imagem de um personagem psicótico. Daria um Oscar também para melhor fotografia. Sem querer contar, mas o final deixa muito a desejar. Gosto de finais com ar de mistério, sem precisar mostrar propriamente o que quer ser dito. Mas não ficou nem com ar de mistério, nem com uma sensação do "quero mais". A história termina deixando um vazio durante todo o tempo que se passou.

Tito Vianna


Ítalo Vianna Silva, nome artístico Tito Vianna, nascido em 17 de junho de 1983 descobriu a música desde criança. Filho de cantora, Tito se viu desde menino embalado aos sons de Tom Jobim, Milton Nascimento, Djavan e outros tantos, cantados por sua mãe. Aos 5 anos teve aulas de piano clássico no Conservatório de Música de Niterói, encarando aquilo mais como uma brincadeira do que como uma futura profissão. O tempo passou e, aos 13 anos, a música veio novamente aparecer em sua vida. Em uma das tantas rodas de samba espalhadas por Niterói, Tito Vianna começou a galgar sua carreira de cantor, junto a outros adolescentes que buscavam o samba como forma de diversão. Em um dado momento, aquilo foi encarado como uma profissão para o jovem músico, trazendo a necessidade do aprofundamento naquilo que fazia de melhor. Com o estudo e a necessidade de alcançar novos horizontes, houve uma mudança de estilo musical, o que só fez acrescentar suas qualidades rítmicas e vocais. Aos 15 anos iniciou aulas de canto popular com o professor Paulo Paceoli. Aos 17 investiu nas aulas com a grande mestra Márcia Cabral. Aos 19 procurou Fátima Regina para aulas de canto e direcionamento artístico, acompanhados de aulas de expressão corporal e vocal, no Conservatório de Música do Rio de Janeiro em Niterói. Cursou percepção musical no CIGAM até o nível 4, teve aulas de violão com o professor Márcio Pinheiro e atualmente estuda Teoria Musical, Percussão e prática de Coral no CEIM da UFF. Ao seu lado sempre estiveram instrumentos de percussão, destacando o Cajon, que lhe proporcionou a participação no “Tablado Flamenco” como percussionista da companhia de dança espanhola. Após esse período, o instrumento foi adaptado aos rítmos brasileiros e hoje acompanha o cantor em grande parte de seus shows. Com muita versatilidade, carisma e uma voz muito característica, Tito Vianna se apresenta frequentemente em casas do eixo Rio-Niterói, em busca da afirmação de sua carreira e reconhecimento.

Ouça: "Overdose de Amor"


sexta-feira, 14 de março de 2008

"Juno"


SINOPSE: "Juno MacGuff (Ellen Page) é uma jovem de 16 anos que acidentalmente engravidou de Paulie Bleeker (Michael Cera), um grande amigo com quem transou apenas uma vez. Inicialmente ela decide fazer um aborto, mas ao chegar na clínica muda de idéia. Junto com sua amiga Leah (Olivia Thirlby) ela passa a procurar em jornais um casal a quem possa entregar o bebê assim que ele nascer, já que não se considera em condições de criá-lo. É assim que conhece Vanessa (Jennifer Garner) e Mark (Jason Bateman), um casal com boas condições financeiras que está disposto a bancar todas as despesas médicas de Juno, além de dar-lhe uma compensação financeira caso ela queira. Juno recusa o dinheiro para si, mas decide que Vanessa e Mark ficarão com seu filho."

CURIOSIDADES: Ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original, além de ser indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Atriz (Ellen Page). Recebeu 3 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Filme - Comédia/Musical, Melhor Atriz - Comédia/Musical (Ellen Page) e Melhor Roteiro. Ganhou o BAFTA de Melhor Roteiro Original, além de ser indicado na categoria de Melhor Atriz (Ellen Page). Recebeu 4 indicações ao Independent Spirit Awards, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (Ellen Page) e Melhor Roteiro de Estréia. Ganhou o Prêmio do Público, no Festival de Estocolmo. Ganhou o Prêmio Especial do Júri Jovem, no Festival de Gijón. Foi Ellen Page quem sugeriu que sua personagem fosse fã das músicas de Kimya Dawson e The Moldy Peaches. O telefone de hamburger visto em cena pertence a Diablo Cody, roteirista de Juno. O orçamento foi de US$ 7,5 milhões.

MINHA OPINIÃO: Juno é uma menina normal pra sua idade, que engravida precocemente ao transar com seu colega de escola. O texto da personagem é muito bem colocado para uma jovem com dezesseis anos. A trilha sonora ajuda bastante. O filme consegue ser leve e simples, passando uma carga dramática sem perder o tom da comédia. Nota-se que Juno não tem nenhuma condição de criar o filho, mas o que me deixou espantado foi a forma que a família da menina tratou o assunto. Não sei como funcionam as coisas lá, mas aqui no Brasil doar uma criança é uma das últimas alternativas a serem pensadas por uma família de classe média e bem esclarecida. O que eu achei estranho foi que tanto o pai, quanto a madrasta dela aceitaram sem dialogar que a doação fosse feita. Ao mesmo tempo, é muito bonito ver o amor de uma mulher que sonha em ter um filho. É emocionante ver os cuidados dela para que a menina cuide bem de sua gravidez, se importando e se preocupando com uma criança que ainda nem nasceu. A trama mostra o comportamento dos jovens, as vontades e os planejamentos de quem ainda não consegue ter tanta responsabilidade. Colégio, bicicleta, esportes e gravidez. Realmente essas coisas não parecem se misturar. Por outro lado, é meio que óbvio que carregar uma criança na barriga por nove meses faz mudar pensamentos e os objetivos de vida. Vale a pena assistir.