Injustiça da Justiça?

Ricardo Costa está preso há dois anos sob a acusação de abuso sexual contra os próprios filhos. O brasileiro vai completar dois anos e meio atrás das grades, num caso que ganhou notoriedade também pela astronômica fiança fixada pela justiça americana. Mas o fast trial - que em inglês significa julgamento rápido - não foi aplicado porque o caso nunca chegou a completar 150 dias não mão de um mesmo juíz. Quatro já cuidaram dessa história. Depois do divórcio - durante um ano - as crianças passaram a frequentar um local onde funcionava o consultório da psicóloga Linda Bennardo. Hoje, o lugar está vazio, fechado porque ela perdeu a licença para exercer a profissão. Isso aconteceu depois que a justiça inocentou outros três pais - que também foram acusados de abuso sexual e que também tiveram os filhos aconselhados por Linda Bennardo. Estranho, né?


Ricardo recebeu mais de 20 propostas para assumir a culpa pelo crime. Ele ganharia a liberdade imediatamente e seria deportado para o Brasil. Não veria mais os filhos e o caso estaria encerrado, mas ele não quer. "Se eu assinar, estaria fazendo com que meus filhos soubessem de algo que não é verdade e fossem assombrados por essa mentira pelo resto da vida deles", diz Ricardo. Na última decisão, a juíza de Yavapai, determinou o pagamento de 75 milhões de dólares caso Ricardo Costa queira responder o processo em liberdade. É a maior fiança da história da justiça americana, bem superior a oferecida a Michael Jackson na acusação de abuso de menores. Bem estranho também, né?


Acredito que o Ricardo esteja sofrendo um grande preconceito do estado do Arizona por ser estrangeiro. E para Ricardo Costa o julgamento ainda não aconteceu porque o estado teme - não só o pedido de indenização - mas outras cobranças que possam vir a ser feitas caso ele saia da prisão. Muitas informações contradizem outras. Não existe uma explicação lógica. Nunca existiu um pedido de fiança tão alto. Uma psicóloga perdeu a licença da profissão. E por que? Porque ela cumpria bem o seu papel? Me poupe. Eu acredito na inocência desse pai. E nem precisa pensar muito para achar isso. Basta ficar por dentro dos fatos. Tomara que essa ex-mulher pague pela injustiça que fez. Dois anos é muito tempo. Principalmente dentro de uma cadeia.