Um blog que funciona do meu jeito: sem rótulos. Posso falar de cinema, música, teatro, utilidades e, também, futilidades públicas. Jornalismo sem restrições. Lembrando que eu mudo de opinião, sim. Portanto, não me deem fórmulas certas. Não sou o mesmo sempre. Podemos ter opiniões diferentes, e isso não é um problema. Aqui tem espaço de sobra para comentários, críticas e sugestões. Soltem o verbo. Quem escreve o que quer lê o que vier... www.facebook.com/eudanielromano ou daniel.romano@msn.com
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Olimpíadas Rio 2016
Acho que todos nós em algum momento soltamos um "se tá assim agora, imagina nas olimpíadas" e pensamos que os jogos olímpicos no Rio de Janeiro pudesse ser um fiasco mundial. Mas o importante é que deu certo. Merecemos aplausos, recepcionamos muito bem, surpreendemos positivamente estrangeiros e brasileiros. A gente merecia e precisava dessa injeção de otimismo para acreditar na possibilidade real de um país melhor. Isso vem com uma esperança embutida de que podemos ver uma cidade de fato maravilhosa e um Brasil diferente. Essa energia contagiou o mundo todo e precisa continuar. A chama olímpica pode apagar, mas a nossa não.
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Já Estou Com Saudades
Para quem ainda não me conhece, sou o Daniel Romano, o chato que escreve para a coluna de cinema na Folha do Rio de Janeiro. Decidi (hoje) fugir um pouco dos filmes em cartaz nas telonas, já que o "mundo netflix" do cinema em casa tem crescido bastante. Enfim, o meu comentário hoje é sobre o filme Já Estou Com Saudades. Jess (Drew Barrymore) e Milly (Toni Collette) são melhores amigas desde a infância. Enquanto Milly se casou, teve dois filhos e construiu uma carreira de sucesso, Jess decidiu levar uma vida pacata ao lado do marido. Após se submeter a um tratamento, Jess enfim consegue engravidar. Mas a notícia vem justamente quando Milly descobre ter câncer de mama e precisa passar por quimioterapia.
Os filmes de doença e amizade se tornaram um subgênero dentro do drama, fazendo uma 'dramédia' (drama+comédia) para que o assunto não seja abordado de forma muito pesada. E essa fórmula tem dado super certo. Toni Collette e Drew Barrymore trazem o melhor da amizade: a honestidade. O resumo disso é o que a experiência da morte se aproximando pode trazer. Um paciente terminal com câncer também pode cometer seus erros e suas loucuras como qualquer ser humano, e o filme engloba isso com clareza e naturalidade.
Já Estou com Saudades tem seu diferencial nos detalhes, no trato pessoal, ainda que o molde prenda as personagens no "desfecho comum". As amigas estão em momentos opostos de vida. Enquanto uma comemora a gravidez, a outra arranca um seio. O entrosamento entre as duas protagonistas mostra que ninguém precisa ser parecido para ter amizade. São as relações pessoais que elevam a história. O teor incorreto de Milly é o melhor tempero da trama. É o que diminui aquela tristeza adocicada que a gente já conhece em uma dramédia. E é isso que faz o desenrolar do roteiro do filme dar certo. A amizade é abordada em alto nível, com todos os altos e baixos que a vida põe a prova. Você vai chorar, mas vai se divertir também.
Os filmes de doença e amizade se tornaram um subgênero dentro do drama, fazendo uma 'dramédia' (drama+comédia) para que o assunto não seja abordado de forma muito pesada. E essa fórmula tem dado super certo. Toni Collette e Drew Barrymore trazem o melhor da amizade: a honestidade. O resumo disso é o que a experiência da morte se aproximando pode trazer. Um paciente terminal com câncer também pode cometer seus erros e suas loucuras como qualquer ser humano, e o filme engloba isso com clareza e naturalidade.
Já Estou com Saudades tem seu diferencial nos detalhes, no trato pessoal, ainda que o molde prenda as personagens no "desfecho comum". As amigas estão em momentos opostos de vida. Enquanto uma comemora a gravidez, a outra arranca um seio. O entrosamento entre as duas protagonistas mostra que ninguém precisa ser parecido para ter amizade. São as relações pessoais que elevam a história. O teor incorreto de Milly é o melhor tempero da trama. É o que diminui aquela tristeza adocicada que a gente já conhece em uma dramédia. E é isso que faz o desenrolar do roteiro do filme dar certo. A amizade é abordada em alto nível, com todos os altos e baixos que a vida põe a prova. Você vai chorar, mas vai se divertir também.
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