segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Oscar 2013


Vou começar falando do melhor filme estrangeiro: "Amour". As chamadas da trama já fizeram eu colocar ele na minha listinha de filmes que quero assistir. Mudando de assunto... Me surpreendi com a vitória do diretor Ang Lee. Não imaginava que ele fosse levar a estatueta de melhor direção. Apostava no David O. Russell ou no Steven Spielberg. Quvenzhané Wallis, a garotinha de "Indomável Sonhadora", é uma menina que mentiu a idade pra poder fazer o filme. Curioso, não? Ela disse que tinha seis anos (e na época tinha cinco). Hoje, com nove, é a mais jovem atriz que concorre ao prêmio de melhor atriz. É bom anotar o nome dessa menininha. Mas quem levou o prêmio de melhor atriz foi Jennifer Lawrence, como já era esperado. Ela é ótima, mas não sei se a atuação dela condiz com a premiação. Eu apostava na Naomi Watts. "O Lado Bom da Vida" é uma delícia. Me apaixonei por esse filme. Mas não exige tanto da atriz.

 Daniel Day-Lewis é um ator brilhante, não tem como negar. É desnecessário qualquer comentário sobre merecimento dele como melhor ator. Mas preciso ressaltar, mais uma vez, que senti falta do Leonardo DiCaprio como indicado nessa categoria. Concordando com José Wilker, "Lincoln" foi um grande derrotado na noite do Oscar. Das doze indicações, levou apenas duas estatuetas. E quem faturou a premiação de melhor filme do ano foi "Argo", de Ben Affleck. Uma surpresa, pelo menos pra mim. Não posso deixar de comentar, também, que adorei a vitória do Tarantino com o prêmio de melhor roteiro original. É mais do que merecido! E, pra finalizar, quero dizer que ainda faltam quatro filmes que não vi. Portanto, aguardem, nesse mesmo canal, assim que eu detonar o quarteto da minha lista.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

A Hora Mais Escura

Kathryn Bigelow (mesma diretora de Guerra ao Terror) deu mais um tiro certeiro. "A Hora Mais Escura" é um filme tenso e narra a caçada que levou à captura de Osama Bin Laden. Logo no início, já somos impactados com o horror de 11 de setembro de 2001. Cenas reais são jogadas na tela e entendemos logo de cara do que se trata. Terroristas pegos por um grupo de americanos passam por humilhações e torturas desumanas para que a gente participe do passo a passo da caçada. Maya  (Jessica Chastain), a agente da CIA que é responsável pela equipe, no início, parece não ter estômago para aguentar tanta brutalidade. Depois... é depois. Não vem ao caso comentar.

Acredito que não foi a caçada em si que levou o filme ao patamar de um dos melhores do ano no Oscar 2013. O roteiro é muito bom, sem dúvidas. Mas a maneira como ele foi conduzido é que foi brilhante. É um filme tecnicamente minucioso e ganha pelos detalhes das cenas. Os enquadramentos das câmeras em primeira pessoa na hora da captura de Bin Laden deixam os espectadores sem respirar. É uma adrenalina tensa e angustiante. Já sabemos como o filme termina, afinal, já sabemos o que aconteceu com Bin Laden. Mas isso não diminui a obra e nem a nossa vontade de assistir. Acho que todos nós temos um pouco de curiosidade nesse assunto. Todos nós fomos envolvidos de alguma forma. Eram notícias constantes, e até deboches em programas de humor, falando do sumiço do Osama e dessa tão falada vingança dos americanos desde 11 de setembro. Não tem como ficarmos isentos a este famoso terrorista da história mundial.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Django Livre


Django (Jamie Foxx) é um escravo negro que é comprado pelo Dr. Schultz (Christoph Waltz), um caçador de recompensas alemão. O fora da lei, que é um homem adorável, resolve ajudar o novo amigo a salvar a sua esposa de Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), um burguês fanático por lutas entre escravos. Sabemos que Quentin Tarantino tem sangue nas veias e leva isso para as telonas. A violência sanguinolenta é sua marca registrada. Mesmo assim, o filme é fantástico. Mostra a escravidão sem pudores e cenas impecáveis de humor. Sim, humor. Acreditem. O Dr. Schultz dá um toque de comédia fundamental para a trama. Também não posso deixar de citar Leonardo DiCaprio, que está em uma de suas melhores atuações. Não sei como o deixaram de fora do Oscar 2013. Tarantino traz sempre a sua marca como forma de carimbo, e está sempre presente na trilha sonora, no jogo de câmeras, e, claro, no banho de sangue.

É um faroeste divertido, mesmo com a violência da escravidão em foco. Os atores trabalham unidos e se completam em cena. Samuel L. Jackson interpreta um negro que tem preconceito contra os próprios negros. E, apesar de vilão, o personagem não deixa de ser cômico. Jackson e DiCaprio formam uma dupla e tanto. A trama é tão envolvente que nem sentimos o tempo passar. Não se assustem com as quase três horas de filme. Passam despercebidas. As ironias pré-tiroteio são ótimas. Todos querem dar o primeiro tiro, e, ao mesmo tempo, todos se controlam. Ficamos em uma tensão elevadíssima, enquanto eles estão em uma conversa pra lá de descontraída. Mais uma marca registrada do cineasta. E, por fim, entre mortos (que são muitos) e feridos (que são poucos), eu só posso dizer que adorei. Não que a trama seja surpreendente. Não é. E esse nem é o intuito do Tarantino. Ele só quer presentear os seus fãs fazendo o que sabe de melhor. A ideia não é (e nunca foi) agradar todos os estômagos.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O Voo

Whip (Denzel Washington) é um experiente piloto de aviação, mas tem sérios problemas com bebidas e drogas. Em um voo pra lá de conturbado, Whip salva a vida de 96 pessoas. A aeronave que ele pilotava apresentou uma pane, mas sua frieza e conhecimento permitiu que uma aterrissagem praticamente impossível acontecesse. Apenas 6 pessoas morrem no acidente. E eu não estou contando nada que vá influenciar no filme. Tudo isso está na sinopse. A história principal começa depois do acidente. A grande pergunta é: Whip é culpado por ter ingerido bebida alcoólica antes do voo, mesmo feito uma aterrissagem quase perfeita? O vício das drogas, do álcool e do cigarro são muito bem trabalhados na trama. A gente torce por um final feliz do personagem, mesmo sabendo que ele não cometeu uma atitude correta. O piloto ajuda uma moça dependente de drogas e dá um maço de cigarro para um homem que está internado no hospital lutando contra um câncer. Whip é o vilão e o mocinho dentro de um mesmo personagem. Denzel Washington é um forte concorrente ao prêmio de melhor ator no Oscar 2013.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Carnaval 2013 - Vila Isabel é campeã!

A Vila Isabel, que foi a última a desfilar no segundo dia de apresentações, é a grande campeã do Carnaval do Rio de Janeiro em 2013. A agremiação conquistou os jurados e o público com enredo que exaltava o campo e o interior. Desfilam junto com ela, no sábado (16) das campeãs, as escolas que ficaram entre 2º e 6º lugar, respectivamente: Beija-Flor, Unidos da Tijuca, Imperatriz Leopoldinense, Salgueiro e Grande Rio. Já a Inocentes de Belford Roxo foi rebaixada. Como disse Noel Rosa... "Lá, em Vila Isabel, quem é bacharel não tem medo de bamba. São Paulo dá café, Minas dá leite, e a Vila Isabel dá samba!"

João e Maria - Caçadores de Bruxas


A adaptação para o cinema deixou a tradicional história infantil bem diferente. João e Maria se transformam em dois caçadores de bruxas. Os irmãos não ficam perdidos na floresta, eles são abandonados pelos pais. Por que? Saiba assistindo o filme. Só posso dizer que, quando adultos, eles são chamados para investigar vários desaparecimentos de crianças e acabar com as bruxas locais. Porém, a poderosa bruxa Muriel dificulta bastante o trabalho da dupla. A magia se mistura com sangue (e isso não é ruim). Dá a impressão de que as crianças de antigamente, assim como eu, que naquela época conheceram a história infantil, hoje podem assistir uma espécie de continuação, com os irmãos já adultos.

A obra cinematográfica pode perfeitamente ser vista até por quem não conhece a história infantil. O filme não veio pra anular o conto de fadas e nem pra tirar a magia das crianças. Pelo contrário, parece que agora a gente sabe a verdade completa. E, quando crianças, assim como os nossos pais, o filme não podia contar a verdade nua e crua. Outro ponto bastante positivo foi o efeito em 3d, que é sempre bem vindo em cenas de ação. É importante comentar, também, sobre a mensagem embutida de que quem vê cara não vê coração. Quem vê bruxa também não vê coração. A trama em si é bastante previsível, mas, ainda assim, eu gostei. Não é um filmaço, mas o desenrolar da história é bem interessante. E a ideia de ter um conto clássico com uma nova versão traz uma nostalgia gostosa para quem já era fã do conto infantil.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Volkswagen dá sorte ou azar?

Um vídeo publicitário da Volkswagen está causando uma confusão danada na internet. O comercial mostra um motorista estacionando um Gol vermelho. Amuletos da 'sorte' pendurados no carro e dispositivos de segurança do veículo teriam ajudado o motorista a estacionar em uma vaga considerada difícil. Depois do carro estacionado, um gato preto pula no capô, indicando que a sorte não acompanha a pessoa o tempo todo. O motorista aciona o esguichador de água do para-brisa para espantar o bichinho. Na última terça-feira, dia 04, a Volkswagen emitiu um comunicado informando que irá retirar a propaganda do ar (melhor assim). Os gatos, principalmente os pretos, foram considerados malditos. Isso ocorreu na Idade Média, por causa de uma lenda idiota, que conta que os gatos pretos eram as próprias bruxas que se transformavam nos felinos. Estamos em 2013, minha gente! Já está mais do que na hora de desvencilhar a imagem do animal com má sorte. O comercial só dá mais força para os maus tratos, já que existe tanta gente ignorante que considera que os gatinhos pretos dão azar. Ainda bem que vão tirar essa propaganda preconceituosa do ar.

O Lado Bom da Vida


Em "O Lado Bom da Vida", Patrick é um ex-professor de história, interpretado por Bradley Cooper, que acaba de sair de um hospital psiquiátrico. A única coisa que Pat quer é entrar em forma, não ser agressivo e, principalmente, reconquistar sua ex-mulher. O ator Bradley Cooper está impecável. Ele vive um maluquete adorável e completamente diferente de seu personagem em "Se Beber Não Case". Não por acaso, Cooper concorre ao Oscar 2013 de melhor ator. Jennifer Lawrence não fica atrás e concorre como melhor atriz. Sua personagem também convive com remédios e transtornos psiquiátricos. Os dois se completam em cena e se igualam no talento. Vale ressaltar, também, que Robert De Niro e Jacki Weaver concorrem como melhores atores coadjuvantes. No total, o filme concorre a oito estatuetas. As outras quatro são de melhor edição, diretor, roteiro adaptado e melhor filme. Todas merecidas, mas chega de falar das premiações.

Tem muita coisa bacana para ser comentada da trama. A história ganha pela simplicidade. Os problemas mentais, que são graves, não são passados apenas de forma impactante e assustadora. A realidade é mostrada sem que o toque da comédia se perca e a carga dramática do assunto não se torne uma caricatura. Os protagonistas tem problemas mentais, precisam conviver com isso diante da sociedade, e não querem ser tratados apenas como loucos. O drama e o humor se unem e trazem pra gente uma "dramédia" brilhante, singela e gostosa de assistir. O casal principal é convincente e cativante, fazendo um cinco regular virar um dez extraordinário. Os dois levam o público para o mundo da realidade nua e crua, já que o mundinho dos doidos é muito mais sincero e verdadeiro do que o mundo dos considerados "normais". A grande mensagem do filme é mostrar que somos pessoas diferentes e devemos acreditar nos sinais, no sentimento, e em algo ou alguém especial que nos dê um start e faça a gente se dar conta de que é sempre possível recomeçar, seguir em frente, e enxergar o lado bom da vida...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Silas Malafaia "de frente com Gabi"


Silas Malafaia foi entrevistado, por Marília Gabriela, no "De Frente Com Gabi". O pastor evangélico é a prova viva (e rica) de que religião realmente virou um negócio. O falso profeta tem o dom da palavra e acha que tudo que diz ou prega é correto. Discordo do Silas veementemente em todos os aspectos. Ele defende o casamento infeliz. Eu não. Acho que qualquer casal pode e deve se divorciar quando o convívio deixa de ser bom. Ele acredita que o valor da família está ligado ao casal (pai e mãe heterossexuais). Não concordo. Acho que qualquer pessoa pode perfeitamente educar uma criança. Seja por dois tios homens, duas avós mulheres ou um casal homossexual. Família não se resume em papai homem e mamãe mulher. Educação e bons conceitos podem ser passados por qualquer cidadão.

A maior parte do dinheiro de Silas Malafaia vem dos pobres, que, infelizmente, não se dão conta de que Deus não vai ser mais legal com quem está dando dinheiro pra igreja. Acredito que a fé não deve estar ligada ao dinheiro, ou pelo menos não deveria estar. Eu não queria estar na pele da Gabi. A jornalista deixou Silas se sentir em casa como entrevistado, mas não fingiu concordar com nada. Pelo contrário, no final da entrevista, em tom de deboche, Marília Gabriela diz: "Que o meu Deus, que não sei se é o mesmo que o seu, te perdoe." Eu prefiro pensar que Deus seja justo e não bonzinho. Silas Malafaia é inteligente, sabe usar as palavras, e tem argumentos pra sustentar o que ele acredita pra convencer as pessoas. É um psicólogo retrógrado que estudou tanto e não sabe nada da vida.