terça-feira, 28 de outubro de 2014

Annabelle

Annabelle surge depois do sucesso do filme Invocação do Mal. Já era esperado que continuariam a explorar a fórmula que deu certo. E, desta vez, a aposta é uma boneca. A atriz Annabelle Wallis, que é a protagonista da trama, consegue convencer com seu terror psicológico. Não digo o mesmo do ator Ward Horton, que muitas vezes parece desnecessário para a trama. A filha dos mocinhos consegue ter mais carisma do que a relação sem graça do casal.

O filme conta muito mais com suspense do que terror, com objetivo de deixar o público com medo de levar susto. E funciona. Algumas cenas são dignas de aplausos. A ideia de ter uma protagonista colecionadora de bonecas soaria como algo comum e até bonitinho. Mas o trabalho de áudio e o jogo de câmeras faz com que um quarto cheio de bonecas mais pareça um cômodo sinistro de horror. Tirando Annabelle, que desde o início é medonha, todas as bonecas seriam sinônimo de festa para qualquer criança.



A trama peca um pouco na narrativa, mas ganha nos sustos e deixa os espectadores se contorcendo nas cadeiras do cinema. É um bom filme de terror, mas está longe de ser uma obra prima. Eu gostei.


terça-feira, 24 de junho de 2014

Quantos celulares!

Será mesmo que o celular e a tecnologia são sempre grandes benefícios? Me incomoda bastante quando vejo famílias sentadas em um restaurante e percebo que há sempre uma pessoa que não interage com aqueles que estão ali ao seu redor. Tantos aplicativos e tanta novidade a todo momento são de fato tão interessantes assim? A vida da telinha plugada na internet é mais bacana do que a vida ao vivo? Talvez para alguns. Mas aqueles que estão de mãos livres e preferindo um abraço do que uma novidade tecnológica vão entender e até se identificar com esse meu quase desabafo.

Será que abraço e carinho a gente tem que pedir? Será que aquele olho no olho é pouco interessante? Assistir um filme agarradinho com o seu amor ficou em segundo plano? Não pra mim. E talvez não pra você que está lendo. Mas existe um número considerável de pessoas que vivem dessa forma. E elas não veem isso de forma anormal. É natural (pra elas) passar mais tempo ali na telinha que cabe nas mãos do que olhando o parceiro dormir com um sorriso bobo e apaixonado no rosto. Essa parte cabe a nós, ditos desantenados.

Sempre achei que falta de tempo é uma desculpa esfarrapada pra poder justificar algo que você não tem tanta vontade de fazer. E é de fato uma realidade. Não falta tempo, faltam vontades. Faltam percepções, que os celulares e computadores jamais vão te ensinar. Não me parece tão vantajoso ser expert nas últimas novidades do mundo virtual e esquecer de viver a vida real. As redes sociais aproximam aqueles que estão longe, mas distanciam os que estão perto.


A rotina precisa ser interessante para não se tornar algo monótono e chato. As pessoas precisam sorrir, se abraçar, se divertir. E essa é pra vocês, tecnológicos. Cuidado para não perderem mais do que tempo. Cuidado para não perderem pessoas. Cuidado para não perderem momentos. Cuidado para não se perderem. A vida é feita de instantes. Se você não vive, você perde.


terça-feira, 10 de junho de 2014

Malévola

Malévola nada mais é do que a bruxa má de A Bela Adormecida, história infantil que todos nós já conhecemos. Mas, dessa vez, a fábula é contada de forma diferente, dando foco ao ponto de vista da vilã, vivida por Angelina Jolie. Uma readaptação de qualidade, onde assistimos o respeito de Malévola pela natureza e outras qualidades que normalmente não são mostradas em um vilão.

O filme nos faz refletir sobre a questão de que ninguém é totalmente bom ou inteiramente ruim. Os contos de fadas contam sempre com um vilão horripilante e um protagonista perfeito. Esqueçam isso. Malévola inova e traz mudanças bastante consideráveis, o que não é um problema (pelo contrário). É impossível não destacar o entusiasmo com que Angelina Jolie vive a personagem. O visual é lindíssimo e a criatividade ao reinventar uma história já tão marcada em diversas gerações é o trunfo do longa.

O público fica dividido por quem torcer, já que a bruxá má faz um feitiço para que a bela menina durma para sempre e o mocinho ambicioso tem grandes falhas de caráter. Não é qualquer filme que traz herói e vilão em um mesmo personagem. Só posso dizer que quem ganha nisso tudo é o amor, claro, fazendo com que a magia não se perca. E o público é presenteado com um conto de fadas novo e muito mais real do que aquele que nos foi contado anteriormente, pois o ato de se arrepender e não ser perfeito traz uma realidade bem mais interessante do que aquela perfeição que não existe. Era uma vez um conto de fadas chamado A Bela Adormecida. Esse é passado. Se apaixonem, como eu me apaixonei, por Malévola.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Ana Paula Arósio recusa 1 milhão

Ana Paula Arósio recusa salário de R$ 1 milhão da Record e tem um bando de gente detonando a atriz por conta disso. Atualmente, ela vive uma vida tranquila em um sítio no interior de São Paulo. Sua relação com a Globo esfriou desde que ela desistiu, sem maiores explicações, do papel da protagonista da trama "Insensato Coração", em 2010.



Agora eu pergunto: por que as pessoas acham que podem se meter na vida dos outros? Deixem a mulher quieta. Se ela não quer atuar, isso é um problema dela. Não importa qual é o motivo, cada um sabe de si. Ana Paula está criando as galinhas dela e está feliz. É o que basta. Não me incomoda o fato de a Ana Paula Arósio não querer mais ser famosa e sim o fato de que a Joelma quer.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Os Homens São de Marte... E É Pra Lá Que Eu Vou

Em Os Homens São de Marte... E É pra Lá que Eu Vou, Mônica Martelli vive uma mulher bem sucedida e independente. Só que a moça não está inteiramente feliz, já que chegou aos 39 anos, não se casou e não tem um relacionamento sério. As experiências amorosas da Fernanda são engraçadas (e não hilárias). Hilário mesmo é o ator Paulo Gustavo, com suas sacadas e comentários sempre sensacionais. O cômico das relações da personagem é porque ela tenta viver um mundo que não é o dela e gostar das coisas que o pretendente gosta.

Percebemos logo de cara que a Fernanda tem pouca personalidade e acredita que a felicidade conjugal está no outro e não dentro dela mesma. Claro que pra uma comédia romântica já se pode imaginar o desfecho, mas isso não diminui em nada as risadas durante a trama. A história é gostosa de assistir e diverte o público. Fica impossível não torcer pela felicidade da casamenteira que quer casar.

Trata-se de um filme leve, engraçado e verdadeiro, pois muitas mulheres devem viver um drama parecido e demoram a perceber que em primeiro lugar há de se buscar a tão falada felicidade interior. Mas quando um certo alguém desperta um sentimento, é melhor não resistir e se entregar. Medo ou receio de não dar certo é totalmente normal. Pode até parecer fraqueza. Pois que seja fraqueza, então. Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim (ou a cada um de nós) esquecer. Sábio Lulu Santos.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Jair Rodrigues morre aos 75 anos

A música popular brasileira ficou um pouco órfã hoje. Um grande ícone da boa música faleceu na madrugada de hoje: Jair Rodrigues. Fátima Bernardes comentou a morte do cantor em seu programa. A apresentadora aproveitou para relembrar a última participação do artista no Encontro. Rogério Flausino, vocalista do Jota Quest, também fez questão de mandar seu abraço aos filhos de Jair Rodrigues, os cantores Jair de Oliveira, o Jairzinho, e Luciana Mello. "Jair Rodrigues foi um dos caras com a maior vitalidade que já conheci. Ele é um exemplo de tudo. Vai fazer uma falta danada", comentou Flausino. Fátima também lembrou: "Ele esteve aqui e plantou uma bananeira". Jair Rodrigues esbanjava talento e a alegria com um sorrisão estampado no rosto eram sua marca registrada. Lamentável.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Capitão América 2 - O Soldado Invernal

Capitão América 2 - O Soldado Invernal conta a história de um personagem perdido nos anos 40 e tendo que conviver com as novidades dos Estados Unidos nos dias de hoje. Steve Rogers (Chris Evans) anota em um caderninho as principais notícias que precisa se atualizar. É impressionante como a Marvel consegue fazer o público se entusiasmar com seus filmes. Dessa vez, a S.H.I.E.L.D., de Nick Fury (Samuel L. Jackson), a maior organização de espionagem da Marvel, é a grande parte interessante da trama. Todas as reviravoltas e conspirações envolvem uma brecha deixada pela S.H.I.E.L.D., o que faz Nick Fury confiar apenas no Capitão América, duvidando da integridade de todos os seus aliados.

E não podemos esquecer desses aliados. Scarlett Johansson está imperdível com sua Viúva Negra. Acredito até em um longa com a Natasha Romanoff como protagonista. Ela não perde em nada para o Capitão América e a atriz bate um bolão em cena. Outro personagem bem interessante e não menos importante é o Falcão, de Anthony Mackie. Gostei bastante do humano voador. Minha torcida agora é para ver Emily VanCamp brilhar um pouco mais em cena. A personagem Sharon tem muito para acrescentar na próxima continuação do longa.

Vale ressaltar também que ninguém deve levantar da cadeira do cinema antes dos dois (sim, dois) trailers pós créditos que são apresentados. É aquele brinde que a gente sempre ganha nos filmes da Marvel, que são um gostinho da edição seguinte. Mais uma vez sou todo elogios com a Marvel e não tenho nada para citar como ponto negativo. O filme é excelente, a ação é eletrizante e a produção é incrível. Se houve alguma falha, eu, como fã, não percebi.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A Menina Que Roubava Livros

Liesel Meminger (Sophie Nélisse) é a pequena grande protagonista da trama. E a história, assim como no livro, é contada pela Morte. Mas essa narrativa aparece somente quando é conveniente, se ausentando durante a maior parte do filme. Liesel é filha de uma mãe comunista que também sofreu com o cruel regime alemão. Não é difícil se apaixonar pela garota ou pela história de vida dela. Sua mãe, atormentada pelo nazismo, leva Liesel e o irmão para o subúrbio de uma cidadezinha alemã. Um casal (Geoffrey Rush e Emily Watson) decide adotá-los por dinheiro, mas o menino morre no complicado trajeto.


A paixão pelos livros parece já ter nascido com a menina, que logo dá um jeito de se apropriar de um livro no enterro de seu irmão. O filme engloba mais do que somente o nazismo e faz o público também se emocionar com lindas cenas de amizade e companheirismo. Mostra o quanto aquela época era ruim e como era difícil para as crianças aceitarem que ser judeu ou ser comunista era errado. "Não bastaria pedir desculpas?", diz Liesel em uma cena.

A Menina Que Roubava Livros é uma obra prima e traz um longa de qualidade para as telonas, deixando o seu lugar marcado na história do cinema mundial. Uma história que ganha pela simplicidade dos gestos e por um roteiro simples. É no mínimo curioso assistir uma menina apaixonada por livros em meio de tanto sofrimento. A garota de certa forma vê uma esperança naquelas páginas, mesmo sem saber o real motivo da paixão pela leitura. É impossível não se emocionar com a história de Liesel Meminger e com os livros que ela pega emprestado.