sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

As Aventuras de Pi


Piscine Patel é um jovem garoto apaixonado pela fé, que acredita em diferentes orientações religiosas. Já o seu pai, um homem cético em relação à religião, decide sair da Índia em busca de uma melhor estrutura familiar. Pi e seus familiares embarcam em um navio com destino ao Canadá, onde seu pai deseja vender os animais que mantinha em um zoológico. Porém, o navio naufraga e Pi é o único sobrevivente (humano, diga-se de passagem). Uma zebra, uma hiena, um orangotango e Richard Parker, um tigre de bengala, também sobreviveram ao naufrágio. É aí que o filme começa.

A trama foge de qualquer aspecto racional, já que fica difícil de imaginar alguém vagando pelo oceano, junto com um tigre, tendo que dividir o mesmo barco e a mesma comida. Mas não foge da realidade quando o assunto é lidar com um tigre. Em nenhum momento o animal é tratado como se fosse de estimação. O garoto tem que ficar ligado o tempo inteiro. Caso contrário, sabe que pode ser a presa do felino. Mas é esse amor de mão única pelo tigre que faz com que Pi lute para sobreviver. O filme engloba o amor pelos animais, pela chuva, pela fé. Nos traz a sensibilidade de forma genuína em um menino de bom coração.

 Eu confesso que não estava esperando muito dessa aventura. Achei que fosse um filme fraco e monótono. Errei feio. E agradeço ao meu amigo Thales Cavalcanti por ter me alertado do contrário. A história é emocionante e o garoto dá um banho de lição de vida. Preciso destacar também o trabalho do ator Irrfan Khan, que interpretou brilhantemente o Pi na fase adulta. É impossível olhar pro lado enquanto ele fala. O público ficava mudo nas cadeiras do cinema quando o Piscine adulto entrava em cena. É um filme fantástico e com um visual incrível, que fica mais inacreditável ainda no efeito 3d. Ang Lee provou novamente que é um dos melhores cineastas da atualidade, nos presenteando, mais uma vez, com um filme de qualidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário