Um blog que funciona do meu jeito: sem rótulos. Posso falar de cinema, música, teatro, utilidades e, também, futilidades públicas. Jornalismo sem restrições. Lembrando que eu mudo de opinião, sim. Portanto, não me deem fórmulas certas. Não sou o mesmo sempre. Podemos ter opiniões diferentes, e isso não é um problema. Aqui tem espaço de sobra para comentários, críticas e sugestões. Soltem o verbo. Quem escreve o que quer lê o que vier... www.facebook.com/eudanielromano ou daniel.romano@msn.com
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Quando Me Apaixono
Helen Hunt decidiu dirigir seu primeiro longa: Quando Me Apaixono. A trama se centraliza em April (vivida pela própria Helen Hunt), uma professora de 39 anos, adotada desde bebê por uma tradicional família judia, que se vê obrigada a administrar uma gigantesca crise pessoal. Seu marido (Matthew Broderick) a abandona, sua mãe adotiva morre, e Bernice (Bette Midler) a procura dizendo ser sua mãe biológica (cômico ver uma mãe tratar uma mulher de 39 anos como filhinha querida, tendo a abandonado com 3 dias de vida). A história é bem comum, não crie muitas expectativas. É um filme leve, mistura romance com conflitos familiares e amorosos. Porém, Helen Hunt não chora e não ri. Ela não conseguiu emocionar nem na cena na qual está deitada com a filha de seu namorado. E aquele momento tinha tudo para ter sido tocante. Dá a sensação de que nada fica intensamente vivido. Não estou criticando a atuação, talvez a personagem pedisse isso. Mas ficou chato, morno. Por outro lado, nos deparamos com uma mulher complexa e cheia de problemas (o que talvez justifique a falta de sentimentos). A professora quer ter um filho, mas não pensa em adotar. As duas mães da personagem, biológica e adotiva, sugerem que April adote uma criança chinesa e lembram de quantas são abandonadas no lixo. Talvez seja esse o tema mais interessante do roteiro, o que torna o final do filme bem bacana e um pouquinho surpreendente. Uma maneira bonita de dizer que mãe e pai são aqueles que criam e não os que produzem.
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