terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Quando Me Apaixono


Helen Hunt decidiu dirigir seu primeiro longa: Quando Me Apaixono. A trama se centraliza em April (vivida pela própria Helen Hunt), uma professora de 39 anos, adotada desde bebê por uma tradicional família judia, que se vê obrigada a administrar uma gigantesca crise pessoal. Seu marido (Matthew Broderick) a abandona, sua mãe adotiva morre, e Bernice (Bette Midler) a procura dizendo ser sua mãe biológica (cômico ver uma mãe tratar uma mulher de 39 anos como filhinha querida, tendo a abandonado com 3 dias de vida). A história é bem comum, não crie muitas expectativas. É um filme leve, mistura romance com conflitos familiares e amorosos. Porém, Helen Hunt não chora e não ri. Ela não conseguiu emocionar nem na cena na qual está deitada com a filha de seu namorado. E aquele momento tinha tudo para ter sido tocante. Dá a sensação de que nada fica intensamente vivido. Não estou criticando a atuação, talvez a personagem pedisse isso. Mas ficou chato, morno. Por outro lado, nos deparamos com uma mulher complexa e cheia de problemas (o que talvez justifique a falta de sentimentos). A professora quer ter um filho, mas não pensa em adotar. As duas mães da personagem, biológica e adotiva, sugerem que April adote uma criança chinesa e lembram de quantas são abandonadas no lixo. Talvez seja esse o tema mais interessante do roteiro, o que torna o final do filme bem bacana e um pouquinho surpreendente. Uma maneira bonita de dizer que mãe e pai são aqueles que criam e não os que produzem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário