terça-feira, 24 de junho de 2014

Quantos celulares!

Será mesmo que o celular e a tecnologia são sempre grandes benefícios? Me incomoda bastante quando vejo famílias sentadas em um restaurante e percebo que há sempre uma pessoa que não interage com aqueles que estão ali ao seu redor. Tantos aplicativos e tanta novidade a todo momento são de fato tão interessantes assim? A vida da telinha plugada na internet é mais bacana do que a vida ao vivo? Talvez para alguns. Mas aqueles que estão de mãos livres e preferindo um abraço do que uma novidade tecnológica vão entender e até se identificar com esse meu quase desabafo.

Será que abraço e carinho a gente tem que pedir? Será que aquele olho no olho é pouco interessante? Assistir um filme agarradinho com o seu amor ficou em segundo plano? Não pra mim. E talvez não pra você que está lendo. Mas existe um número considerável de pessoas que vivem dessa forma. E elas não veem isso de forma anormal. É natural (pra elas) passar mais tempo ali na telinha que cabe nas mãos do que olhando o parceiro dormir com um sorriso bobo e apaixonado no rosto. Essa parte cabe a nós, ditos desantenados.

Sempre achei que falta de tempo é uma desculpa esfarrapada pra poder justificar algo que você não tem tanta vontade de fazer. E é de fato uma realidade. Não falta tempo, faltam vontades. Faltam percepções, que os celulares e computadores jamais vão te ensinar. Não me parece tão vantajoso ser expert nas últimas novidades do mundo virtual e esquecer de viver a vida real. As redes sociais aproximam aqueles que estão longe, mas distanciam os que estão perto.


A rotina precisa ser interessante para não se tornar algo monótono e chato. As pessoas precisam sorrir, se abraçar, se divertir. E essa é pra vocês, tecnológicos. Cuidado para não perderem mais do que tempo. Cuidado para não perderem pessoas. Cuidado para não perderem momentos. Cuidado para não se perderem. A vida é feita de instantes. Se você não vive, você perde.


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