A trama é inspirada em uma peça do Juca de Oliveira e é nas comédias românticas que os filmes nacionais conseguem se firmar. A teoria da tese do professor de biologia é excelente e, apesar de machista, faz a gente rir bastante. Não aguentei com a cena em que ele diz que "a gansa arranca pena do ganso, o gato arranha a gata e você desliga o telefone". A história é bem comum, fala de relacionamentos conjugais e problemas de casal. As interpretações não são as melhores do mundo, mas o filme é gostoso de assistir. Dudu Azevedo fez bem o papel de um completo babaca. Cleo Pires deu vida à Tati, uma neurótica histérica. E Malvino Salvador, contrariando quase todas as críticas que li, se saiu super bem na pele de Conrado. O professor pedia um ar de certinho e ficou no ponto certo.
A coisa meio caricata dos personagens é bem colocada. É um exagero com vontade de ser, até porque ninguém passa a vida toda atrás do ex. E fica cômico ver a personagem de Rita Guedes levando tudo da casa do Conrado. Um jeito engraçado de falar mal da ex. Só isso, não precisava saber o motivo que a levava fazer tais coisas. Assim como a empregada bebendo os restos de bebida da festa. Também é uma comédia, mas são personagens superficiais mesmo, fazendo as cenas mais simples serem bem engraçadas. É uma história que não precisa pensar muito, só se deixar levar. O filme não é nenhuma obra prima, mas diverte.
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