domingo, 29 de agosto de 2010

A Origem


Dessa vez não vou colocar sinopse, vou direto ao ponto. O filme é complexo sim. Não se envergonhe se você se perder durante a história. Isso não te torna menos inteligente. Segundos no primeiro sonho equivalem a minutos no nível seguinte, que equivalem a horas no seguinte, e dias no próximo. E tudo tem que acabar ao mesmo tempo. É muita coisa para decorar. Aceite a bagunça que vier na sua cabeça. Basta a pergunta da personagem Ariadne em uma das muitas bifurcações da trama: "Peraí, no subconsciente de quem estamos entrando mesmo?". Foi uma boa jogada colocar uma representante do espectador, que também se confunde, deixando o público à vontade para se perder pelo caminho. Se ela pode se confundir, por que a gente não? Aproveito pra elogiar a Ellen Page. Finalmente ela conseguiu se desvincular de Juno. Muitas coisas me intrigaram, principalmente o velho no fim. Seria ele o Cobb mais idoso? Não sei. Talvez sim. Afinal, como pode não ter nenhuma polícia atrás dele durante toda a trama, se ele era acusado de ter matado a esposa? Mas e se ele fosse um sonho de sua mulher? Existem inúmeras teorias. Li algumas na internet antes de começar a escrever aqui e muitas fazem sentido. Todo mundo quer dar uma resposta, mas cada um entendeu de uma forma. Cada espectador em particular "pescou" determinada coisa e partiu seguindo daquele princípio. Mas, você pode pescar várias coisas. O filme oferece incontáveis espécies de peixes para que você pegue o seu e surfe a sua onda. Você pode criar o seu próprio desfecho. O que eu entendi nessa trama é que as respostas pro final do filme estão na cabeça de cada um. Você pode ser criativo e sem limites. Pode criar sua própria explicação, montar o quebra-cabeças do seu jeito. Talvez seja esse o objetivo de Christopher Nolan (cineasta) ao criar este roteiro mirabolante. Fiquei encantado com cada detalhe de cena. É incrível ver Paris se curvar sobre si mesma, lutas sem força da gravidade e explosão de fragmentos detalhados de água. Assista as cenas sem se preocupar em como tudo vai se encaixar. A ideia não é essa. Não se esqueça que um sonho nunca tem um começo e isso é real. O filme não precisa de uma continuação. Não ficou faltando nada. Aquele pião não precisava parar de rodar mesmo. O corte sem desfecho ficou interessantíssimo, deixará perguntas eternas. E, na verdade, o que menos importa é esta resposta. Afinal, quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?

Um comentário:

  1. Nunca entendo filmes assim! hehehe
    Dá uma olhada lá no meu último post tb!
    bjãooo!

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