Um blog que funciona do meu jeito: sem rótulos. Posso falar de cinema, música, teatro, utilidades e, também, futilidades públicas. Jornalismo sem restrições. Lembrando que eu mudo de opinião, sim. Portanto, não me deem fórmulas certas. Não sou o mesmo sempre. Podemos ter opiniões diferentes, e isso não é um problema. Aqui tem espaço de sobra para comentários, críticas e sugestões. Soltem o verbo. Quem escreve o que quer lê o que vier... www.facebook.com/eudanielromano ou daniel.romano@msn.com
domingo, 29 de agosto de 2010
A Origem
Dessa vez não vou colocar sinopse, vou direto ao ponto. O filme é complexo sim. Não se envergonhe se você se perder durante a história. Isso não te torna menos inteligente. Segundos no primeiro sonho equivalem a minutos no nível seguinte, que equivalem a horas no seguinte, e dias no próximo. E tudo tem que acabar ao mesmo tempo. É muita coisa para decorar. Aceite a bagunça que vier na sua cabeça. Basta a pergunta da personagem Ariadne em uma das muitas bifurcações da trama: "Peraí, no subconsciente de quem estamos entrando mesmo?". Foi uma boa jogada colocar uma representante do espectador, que também se confunde, deixando o público à vontade para se perder pelo caminho. Se ela pode se confundir, por que a gente não? Aproveito pra elogiar a Ellen Page. Finalmente ela conseguiu se desvincular de Juno. Muitas coisas me intrigaram, principalmente o velho no fim. Seria ele o Cobb mais idoso? Não sei. Talvez sim. Afinal, como pode não ter nenhuma polícia atrás dele durante toda a trama, se ele era acusado de ter matado a esposa? Mas e se ele fosse um sonho de sua mulher? Existem inúmeras teorias. Li algumas na internet antes de começar a escrever aqui e muitas fazem sentido. Todo mundo quer dar uma resposta, mas cada um entendeu de uma forma. Cada espectador em particular "pescou" determinada coisa e partiu seguindo daquele princípio. Mas, você pode pescar várias coisas. O filme oferece incontáveis espécies de peixes para que você pegue o seu e surfe a sua onda. Você pode criar o seu próprio desfecho. O que eu entendi nessa trama é que as respostas pro final do filme estão na cabeça de cada um. Você pode ser criativo e sem limites. Pode criar sua própria explicação, montar o quebra-cabeças do seu jeito. Talvez seja esse o objetivo de Christopher Nolan (cineasta) ao criar este roteiro mirabolante. Fiquei encantado com cada detalhe de cena. É incrível ver Paris se curvar sobre si mesma, lutas sem força da gravidade e explosão de fragmentos detalhados de água. Assista as cenas sem se preocupar em como tudo vai se encaixar. A ideia não é essa. Não se esqueça que um sonho nunca tem um começo e isso é real. O filme não precisa de uma continuação. Não ficou faltando nada. Aquele pião não precisava parar de rodar mesmo. O corte sem desfecho ficou interessantíssimo, deixará perguntas eternas. E, na verdade, o que menos importa é esta resposta. Afinal, quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?
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Nunca entendo filmes assim! hehehe
ResponderExcluirDá uma olhada lá no meu último post tb!
bjãooo!