quinta-feira, 18 de outubro de 2007

"Tropa de Elite"

SINOPSE: "1997. O dia-a-dia do grupo de policiais e de um capitão do BOPE (Wagner Moura), que quer deixar a corporação e tenta encontrar um substituto para seu posto. Paralelamente dois amigos de infância se tornam policiais e se destacam pela honestidade e honra ao realizar suas funções, se indignando com a corrupção existente no batalhão em que atuam."

CURIOSIDADES: Tropa de Elite era originalmente um projeto de documentário, derivado de Ônibus 174 (2002), tendo o BOPE como tema principal. BOPE significa Batalhão de Operações Policiais Especiais. Para preparar o filme José Padilha trabalhou dois anos em investigações com a colaboração do BOPE, psiquiatras da PM e ex-traficantes. Em novembro de 2006 traficantes do morro Chapéu Mangueira, onde as filmagens eram feitas, seqüestraram parte da equipe que trabalhava no filme e roubaram as armas cenográficas. 59 delas eram réplicas e 31 verdadeiras, adaptadas para tiros de festim. As filmagens foram paralizadas por cerca de duas semanas. Após ter a equipe seqüestrada e as armas cenográficas roubadas durante as filmagens de Tropa de Elite, o diretor José Padilha teve uma cópia pirata do filme circulando antes de sua estréia nos cinemas. A cópia, que não era a edição definitiva do filme, foi vendida em camelôs 2 meses antes do lançamento.

MINHA OPINIÃO: A trama mostra realidades brasileiras, violência e corrupção policial como temas centrais. Em torno disso também é passado para o expectador o mundo das drogas, a rotina de traficantes e consumidores, colocando que os usuários são também culpados por financiar e contribuir para que o tráfico continue. A fotografia do filme é ótima, as cenas são muito bem feitas, destaco a cena que ocorre a morte da personagem da atriz Fernanda de Freitas no alto do morro. A imagem dos policiais do BOPE é passada como violenta no filme, mas talvez seja o necessário, apesar de não ser o correto, até porque muitos dos moradores sabiam e abafavam os acontecimentos da favela. É interessante ver a vida do policial fora do trabalho, perceber como pode ficar perturbada a cabeça de uma pessoa que lida com a morte diariamente, deixando até a família em segundo plano. Ressalta todos os requintes de crueldade que são feitos durante o curso para formação do BOPE. Mais uma vez fica comprovado que violência gera violência. Uma obra que deve ser vista e discutida.

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