domingo, 30 de agosto de 2015

Sobrenatural - A Origem

Em Sobrenatural: A Origem, de Leigh Whannell, o conteúdo não é muito diferente do que já vimos antes. A atmosfera é a mesma e os desfechos também. A origem sobrenatural antecede a história da família Lambert e nos deparamos com a médium Elise (Lin Shaye), que já vimos morrer, vivinha da Silva. A trama conta a vida da adolescente Quinn (Stefanie Scott), com atuações medianas. A garota sente falta da mãe, falecida há pouco tempo, e é assombrada por uma entidade maligna, assustadora e feia pra caramba. Nenhuma novidade é relevante, então acredito que a sinopse de abertura dispensa minuciosas apresentações.

O grande acerto desse terceiro filme está nos detalhes dos sustos que levamos. Somos pegos totalmente desprevenidos, em cenas que não imaginávamos levar susto. Na primeira cena do acidente de carro eu quase pulei da cadeira do cinema. Não posso contar mais do que isso pra não estragar a surpresa de quem ainda não assistiu. A questão é que esses sustos repentinos não são considerados como ponto positivo pra se qualificar uma trama em um patamar de "bom filme", já que fazer levar susto não significa mérito algum. Sabe aquela sensação quando esquecemos o som no volume máximo antes de ligar alguma coisa? É exatamente essa a experiência, porém, de certa forma, funciona. Só acho preocupante, porque isso está virando hábito nos filmes de terror. Será que aprimorar a forma de dar susto no público é a melhor forma de acertar? Minha resposta é "não", mas essa é somente a minha opinião.  

A trilha sonora é muito boa, mas alguns exageros acabam deixando a trama um pouco cômica e isso não é bacana. A Elise lutando e fazendo caras e bocas pra empurrar uma entidade demoníaca fogem um pouco do terror e beiram a comédia. As salpicadas de humor são válidas e importantes, mas precisam ter um ponto certo, sem dispersar demais a atenção. Essa origem de Sobrenatural não é ruim, o problema é que dificilmente encontramos um perfeito exemplar de terror. Quero muito sentir novamente a adrenalina que senti na franquia de Jogos Mortais. Não gosto de fazer comparações, mas quando a gente acostuma com algo bom, precisa vir algo melhor ainda pra superar as nossas expectativas. Infelizmente não é o caso.

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