domingo, 14 de fevereiro de 2016

A 5ª Onda

Cassie é uma adolescente que luta por sua própria sobrevivência em meio da destruição da humanidade. A 5ª Onda mostra uma invasão alienígena que tem como foco matar os humanos atingindo de quatro formas diferentes: acabando com a energia, gerando catástrofes marítimas, gripe aviária, e, por fim, uma ocupação por terra. E é aí que a trama parece ser interessante, já que os alienígenas podem assumir a forma humana para conseguir o que querem. Os flashes de passado e futuro também nos fazem apostar que a trama vai emplacar. Imaginamos uma Cassie mais madura e menos adolescente. A menina parece estar mais preparada para lutar contra tudo e todos, mas logo em seguida tudo volta ao velho roteiro adolescente bobo, com paixonites comuns, e um diálogo vergonhoso de assistir.

O filme perde o fôlego no decorrer da história. Tem uma cena na qual a garota corre com uma arma na mão e um urso de pelúcia na outra. Achei até bacana a colocação para mostrar uma menina tendo que virar uma mulher diante de uma situação. O problema é que o ursinho vence. A menina continua e não a mulher. Todo o contexto se torna adolescente demais, e acaba parecendo uma cópia do amor proibido de Crepúsculo. Está na moda essa fase da garotada em querer assistir uma humana com um imortal.

O roteiro precisava ter mais originalidade para se tornar interessante. A 5ª Onda, infelizmente, também peca nos efeitos visuais. A onda imensa que destrói tudo não é tão interessante quanto parece. E, por fim, fica meio óbvia a intenção do filme virar uma franquia em mais uma trilogia. O ruim é que logo nessa primeira apresentação faltou qualidade. Vai ser muito complicado conquistar fãs para uma possível continuação. Não existe personalidade nem no filme e nem nos personagens. Na atual Hollywood nada se cria, tudo se copia e tudo se recicla para se atingir a um determinado público alvo. Parece que nem se deram ao trabalho de tentar criar algo decente, simplesmente seguiram uma fórmula que parece ser eficiente.

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