segunda-feira, 18 de março de 2013

Dezesseis Luas

Dezesseis Luas é um projeto inspirado em Crepúsculo. Isso fica visível desde o começo, basta ler a sinopse ou assistir o trailer. O casal Ethan (Alden Ehrenreich) e Lena (Alice Englert), uma bruxa (ou conjuradora), fazem o mesmo estilo da série de Stephanie Meyer. É o bom e velho clichê do amor proibido. O casal se apaixona do nada e não podem ficar juntos porque a moça será completamente do bem ou completamente do mal quando completar dezesseis anos. A meninada curte esse tipo de tema, mas eu tenho que falar por um adulto. É uma pena que os efeitos visuais foram tão pouco utilizados. A gente espera mais de uma hora para que os efeitos apareçam. Porém, logo em seguida, a bruxa má leva uma pancada e some da mesa do jantar. Até os diálogos são repetitivos. Já escutamos frases no estilo "tenho medo de te machucar". Fica aquela sensação de que já vimos isso antes e que, infelizmente, veremos novamente, já que a ideia é prolongar uma série.

O roteiro também escorrega quando não consegue sustentar uma vilã de qualidade. Emma Thompson tentou, mas não conseguiu. Sirene Ridley (Emily Rossum) se mostrou uma vilã intrigante. A ruiva endiabrada chegou cheia de atitude, em um carrão vermelho, toda sexy. Tinha tudo pra dar certo, mas apostaram pouco na quase-vilã e deram poucos poderes pra ela (tanto pra personagem quanto pra atriz). Entre erros e acertos, podemos citar a leitura como lado bom disso tudo. A garotada lê e gosta dessas histórias mirabolantes. Mas o erro fatal foi apostar no mediano. O pouco de interessante que a trama trazia era esse "oito ou oitenta" de a personagem se tornar inteiramente do mal ou inteiramente do bem. Ou céus ou trevas. Não era pra ter meio termo. Já que o roteiro preferiu ficar em cima do muro, é plausível que o filme também fique. Nem bom, nem ruim.

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