Um blog que funciona do meu jeito: sem rótulos. Posso falar de cinema, música, teatro, utilidades e, também, futilidades públicas. Jornalismo sem restrições. Lembrando que eu mudo de opinião, sim. Portanto, não me deem fórmulas certas. Não sou o mesmo sempre. Podemos ter opiniões diferentes, e isso não é um problema. Aqui tem espaço de sobra para comentários, críticas e sugestões. Soltem o verbo. Quem escreve o que quer lê o que vier... www.facebook.com/eudanielromano ou daniel.romano@msn.com
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Django Livre
Django (Jamie Foxx) é um escravo negro que é comprado pelo Dr. Schultz (Christoph Waltz), um caçador de recompensas alemão. O fora da lei, que é um homem adorável, resolve ajudar o novo amigo a salvar a sua esposa de Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), um burguês fanático por lutas entre escravos. Sabemos que Quentin Tarantino tem sangue nas veias e leva isso para as telonas. A violência sanguinolenta é sua marca registrada. Mesmo assim, o filme é fantástico. Mostra a escravidão sem pudores e cenas impecáveis de humor. Sim, humor. Acreditem. O Dr. Schultz dá um toque de comédia fundamental para a trama. Também não posso deixar de citar Leonardo DiCaprio, que está em uma de suas melhores atuações. Não sei como o deixaram de fora do Oscar 2013. Tarantino traz sempre a sua marca como forma de carimbo, e está sempre presente na trilha sonora, no jogo de câmeras, e, claro, no banho de sangue.
É um faroeste divertido, mesmo com a violência da escravidão em foco. Os atores trabalham unidos e se completam em cena. Samuel L. Jackson interpreta um negro que tem preconceito contra os próprios negros. E, apesar de vilão, o personagem não deixa de ser cômico. Jackson e DiCaprio formam uma dupla e tanto. A trama é tão envolvente que nem sentimos o tempo passar. Não se assustem com as quase três horas de filme. Passam despercebidas. As ironias pré-tiroteio são ótimas. Todos querem dar o primeiro tiro, e, ao mesmo tempo, todos se controlam. Ficamos em uma tensão elevadíssima, enquanto eles estão em uma conversa pra lá de descontraída. Mais uma marca registrada do cineasta. E, por fim, entre mortos (que são muitos) e feridos (que são poucos), eu só posso dizer que adorei. Não que a trama seja surpreendente. Não é. E esse nem é o intuito do Tarantino. Ele só quer presentear os seus fãs fazendo o que sabe de melhor. A ideia não é (e nunca foi) agradar todos os estômagos.
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