quinta-feira, 20 de março de 2025

Flow


Uma das melhores produções indicadas ao Oscar 2025 é, sem sombra de dúvida, a animação ‘Flow’. Acompanhamos a trajetória de um adorável gato preto que se vê lutando pela própria sobrevivência após uma enchente devastadora. Nessa jornada, ele cruza no caminho com aliados importantes e percebe que não precisa ficar sozinho em sua autoindependência.

É bom destacar que no filme não existe fala, apenas sons. E esse diálogo não existente em palavras não faz a menor falta. É muito interessante ver as espécies diferentes se ajudando e tentando entender o que importa para o outro, mesmo com suas diferenças.

Trazendo o conteúdo para a nossa vida real humana, a animação me trouxe reflexões interessantes sobre como as pessoas que passam por nossa trajetória se tornam importantes sem a gente ter uma real explicação para isso. A gente apenas sente e de alguma forma, entre conflitos e parcerias, sabemos quem realmente é importante.

A apresentação mais incrível do filme é sobre família ou quem deveria ser próximo de nós. Seja em pensamentos, posicionamentos ou ideais. Isso fica explícito nos animais de mesma espécie. A mensagem sobre ser da mesma família e não ter ligação é muito bem colocada. Mostra que está tudo bem ser diferente e que família é aquela que a gente constrói vivendo com união, respeito e companheirismo. Precisamos encontrar o nosso lugar, se afastar do que não faz mais sentido e viver as conexões especiais que surgirem no caminho da vida. O filme é gostoso demais de assistir. Adorei.

sábado, 8 de março de 2025

Dia Internacional da Mulher

 


O Dia Internacional da Mulher é um registro importante e histórico. Marca uma luta social por igualdade e direitos. No passado, a mulher não tinha sequer o direito de votar, mas hoje em dia, em um país extremamente machista que vivemos, ainda existem lutas constantes para serem vencidas. Na questão salarial, por exemplo, as mulheres ainda ganham menos do que os homens exercendo os mesmos cargos profissionais. A importância de ressaltar este dia é lembrar também que precisamos seguir sempre em frente, com otimismo e esperança de que a gente sempre pode evoluir.

quarta-feira, 5 de março de 2025

Anora

Anora (Mikey Madison) é uma dançarina exótica e prostituta que acredita ter achado o seu bilhete premiado para uma vida de conto de fadas quando conhece Ivan (Mark Eydelshteyn), o filho de um ricaço russo que vai de cliente a namorado, e de namorado a marido, em um espaço de poucas semanas. Quando a poderosa família do rapaz fica sabendo do matrimônio, os pais e seus capangas passam a fazer de tudo para separar o casal.


Até aqui estamos apenas na sinopse e preciso destacar algumas questões nas quais me fizeram assistir a trama. Todos nós, brasileiros, estávamos numa torcida fervorosa para Fernanda Torres como melhor atriz no Oscar 2025. Era quase Copa do Mundo. Comigo não foi diferente, torci bastante, mas também assisti A Substância e sabia que Demi Moore teve uma atuação espetacular. O que me assustou de verdade foi a vitória de Mikey Madison como melhor atriz. Bastante frustrado por conta da nossa Fernandinha, decidi assistir Anora.
Foi difícil tentar separar a frustração da torcida brasileira no Oscar quando comecei assistir. E pra ser bem sincero, no início do filme, parecia que eu estava vendo um episódio de Malhação, uma trama adolescente com aqueles romances jovens, novatos e sem a menor graça.

Se tratando do prêmio de melhor atriz, talvez o conteúdo central de A Substância de Demi Moore tenha muito a dizer nesse momento. O assunto é etarismo e o preconceito com as mulheres com mais de 50 anos. Falando nisso, vocês sabiam que a maioria dos votantes do Oscar são homens brancos, heterossexuais e com mais de 60 anos? Será que isso realmente não quer dizer nada nessa vitória de Mikey Madison? Vale a reflexão. 

Sobre Anora, não sei se vale uma premiação de melhor filme e muito menos de melhor atriz, mas a história vai ganhando peso, englobando a comédia dentro de um tema forte da vida de uma garota de programa. Vai deixando o besteirol juvenil de lado e o roteiro vai ganhando corpo, ficando interessante e (vou falar bem baixinho pra nossa queridona nem notar que Ainda Estou Aqui) o pior de tudo é que o filme é bom! E eu juro que desde o início entrei na sala do cinema querendo achar qualquer motivo para dizer o contrário. Mas é bom!