Muitos contos infantis estão ganhando suas versões no cinema. Agora é a vez de Jack - O Caçador de Gigantes. Nada foi modificado e a fábula segue os mesmos passos do clássico João e o Pé de Feijão, que foi o primeiro livro que li na infância. A história todos nós conhecemos. Jack (antes João) tem feijões mágicos, que, após molhados, crescem monstruosamente até um reino nas nuvens. Os guerreiros e o mocinho precisam subir na enorme planta para salvar a princesa. Lá, eles descobrem que a lenda dos gigantes era real e o confronto se inicia. A história traz uma nostalgia gostosa da minha infância. Eu li o livro inúmeras vezes. Porém, agora, que sou adulto, a trama passa a ser um tanto clichê. O pobre camponês apaixonado pela princesa? Acho que já vi isso antes.
Mas a história ganha uma dimensão muito maior (literalmente) com a aparição dos gigantes. A parte técnica do olhar dos grandões para os humanos é muito bem feita. Os gigantes, aliás, são muito mais interessantes do que os mocinhos da história, que deixam (e muito) a desejar. Não senti muita química entre os dois, apesar de ter gostado da atuação da atriz Eleanor Tomlinson. Ainda assim, apesar de alguns probleminhas, posso dizer que deu certo. Não é um excelente filme, mas o figurino é bem apropriado e as batalhas dos gigantes seguem o padrão esperado. Não é uma história surpreendente e nem poderia ser. Trata-se de uma fábula, uma fantasia que adapta enredos clássicos, e que vem com o clichê embutido do camponês apaixonado pela princesa. Talvez o público que esteja um pouco cansado de assistir mais uma adaptação de um conto infantil. Tirando isso, acho válido dar uma chance e mudar o jeito de olhar. A aventura não é essa porcaria toda que estão dizendo por aí.
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