"A Invenção de Hugo Cabret" conta a história de um órfão vivendo uma vida secreta nas paredes de uma estação de trem em Paris. O menino mora dentro de um relógio e tem o mesmo dom do pai: consertar objetos e principalmente relógios. Com a ajuda de uma garota apaixonada por literatura, ele busca a resposta para um mistério que liga o pai que ele perdeu recentemente e o mal humorado dono de uma loja de brinquedos.
A faixa etária livre induz um filme infantil, mas muitos grandões vão se deliciar com essa trama. É um roteiro voltado para os amantes do cinema e para aqueles que ainda se emocionam com bonitos gestos de família. Hugo é bastante sofrido, sente muita falta do pai e faz a gente ficar o tempo inteiro torcendo por ele. O garoto tem talento (e dessa vez falo do menino ator e do menino personagem ao mesmo tempo).
O efeito 3d, dessa vez, não faz tanta diferença. A tecnologia é fantástica, claro, e eu sempre indico. Porém, não é isso que faz o filme brilhar. Nós, adultos, percebemos detalhes que vão passar despercebidos para as crianças. E o mais bacana é que o termo "vice-versa" é totalmente apropriado neste encaixe, já que as crianças também vão se vislumbrar naquele mundão de fantasia merecedor das estatuetas de melhor fotografia, efeitos visuais e direção de arte. Além desses, o filme também faturou as premiações de melhor edição e melhor mixagem de som. O diretor Martin Scorsese arrebentou e está de parabéns. "É um filme que deixa a gente bem", como disse minha amiga Camila, ao levantarmos da cadeira do cinema.
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