O filme conta a história da ex-Primeira Ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher, com a saúde prejudicada lutando contra o marasmo da sua aposentadoria e, vigorosamente, contra memórias de feitos do seu passado. Ela começa a relembrar os menores detalhes da vida pessoal e profissional após ser provocada pelo seu marido, Dennis Thatcher, o que passa pela sua ascensão ao poder da Inglaterra dos anos 1980.
O mais fantástico da trama, sem dúvidas, é a atuação de Meryl Streep. A atriz está deslumbrante em cena, fica difícil encontrar qualquer rastro de Meryl Streep dentro da personagem. Ouvi um comentário de José Wilker, no dia da entrega do Oscar, em que ele disse que Meryl Streep estava mais parecida com Margaret Thatcher do que ela mesma. É um troféu de melhor atriz mais do que merecido. Ela arrebenta. É indiscutivelmente a melhor atriz de todos os tempos.
A vida pessoal de Margaret Thatcher é retratada da mesma forma que a profissional. E o que embala a história é o dilema de Margaret, por ter dado mais importância ao trabalho e deixado o convívio familiar em segundo plano. A cena na qual ela lava uma xícara durante bastante tempo e consegue prestar atenção no canto dos pássaros é a comprovação de sua triste solidão e melancolia. A reflexão emocional sempre chega, mesmo que tarde. É por isso que eu sempre digo que família, amigos e as pessoas que a gente ama estão sempre em primeiro lugar. A vida da gente é uma só, temos que dar valor ao que realmente importa. Ou você alguma vez já relembrou de incríveis momentos em que você estava só? Aposto que não.
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